Música instrumental
A música instrumental da Amazônia se encontra com o jazz mundial em Belém. O Festival AMAJAZZON, evento internacional que faz sua segunda edição na capital do Pará, convida o público a shows de grandes artistas da Espanha e Israel que se apresentam no palco do Teatro Estação Gasômetro, nos dias 27 e 28 de novembro.
Entre os destaques confirmados na programação, o pianista e cantor Diego Amador e o guitarrista José Maria Bandera, da Espanha, que apresentam um show em homenagem ao ritmo flamenco; e o celebrado contrabaixista Avishai, de Israel, considerado um dos maiores músicos de jazz da atualidade.
Entre a tradição e a inovação espanhola
José Maria Bandera é de uma família de artistas flamencos e discípulo de Paco de Lucía, uma figura central do flamenco: sua influência se estende por vários gêneros e deixou uma marca indelével na música mundial, com sua técnica incomparável, e espírito de inovação, misturando tradição e modernidade.
Já Diego Amador é considerado como “o Ray Charles cigano”. Aclamado como um “revolucionário da música”, mudou significativamente a atitude em relação ao piano, não apenas no flamenco, mas também na forma de tocar o instrumento em geral. Sua voz apaixonada e poderosa é outro grande elemento.
Os talentosos músicos da Espanha tocam pela primeira vez em Belém no show “Paqueando”, que traz Diego como cantor, com uma ampla progressão de estilos e ritmos flamencos, resultando em uma combinação excepcional de interpretação e musicalidade, rica em tradição e inovação.
“Acreditamos que o flamenco precisa de uma pausa para respirar sua essência e compartilhá-la de forma honesta”, afirma a dupla.
Eles trabalham juntos pela conservação e renovação da obra de Paco de Lucía, com um repertório tratado com nudez instrumental, respeitando a composição e o método de trabalho que Bandera conhece tão bem. As novidades sonoras incluem o destaque do piano e a presença do canto entre a tradição e a vanguarda.
Som de Israel
Considerado um dos maiores músicos de jazz da atualidade, Avishai Cohen também faz apresentação inédita em Belém. O celebrado contrabaixista israelense, nascido em Kabri, transformou o instrumento, elevando-o ao centro das atenções e expandindo os limites do jazz.
Suas composições únicas foram utilizadas em diversos filmes, programas de TV e outros meios de comunicação. A revista DownBeat o chamou de “um visionário do jazz em escala global”, enquanto a Bass Player o declarou um dos 100 baixistas mais influentes do século XX.
Em sua carreira solo, conta com mais de 20 discos, e realiza turnês nos principais festivais e palcos do mundo. Seu trabalho lhe rendeu prêmios internacionais e reconhecimento global, incluindo o prestigioso Prêmio Miles Davis no Festival de Jazz de Montreal em 2023.
Para Aslak Oppebøen, membro do Board Amajazzon, a magia do jazz se encontra com a cultura do Brasil, proporcionando visibilidade internacional. “Um festival de impacto, que parte de Belém para o mundo, continuando a abrir portas para que o Brasil e o mundo experienciem a cultura amazônica em uma interculturalidade nacional e internacional, onde empreendedores locais e artistas da região são os principais anfitriões desta sociobioeconomia cultural”, diz.
“O Festival se propõe a ser um evento que oferece uma experiência musical única em meio à exuberante natureza da Amazônia. A iniciativa visa celebrar o amor pela região através da linguagem universal da música, unindo artistas locais e internacionais e gerando impactos sociais, econômicos e ambientais significativos”, diz Fernando Sousa, diretor do AMAJAZZON.
Com a co-realização da CONNECTING DOTS, o festival é uma iniciativa do Governo do Pará, através da Secretaria de Estado de Cultura (SECULT), da Academia Paraense de Música (APM), e conta com o apoio da Embaixada da Espanha no Brasil, da ASSOBIO (Associação de Negócios da Sociobioeconomia da Amazônia), e da Bioma (Consultoria e Assessoria ESG).
Serviço:
2ª Edição do Festival AMAJAZZON, no Teatro Estação Gasômetro, dias 27 e 28 de novembro. Ingresso à venda aqui.
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